quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

A NOIVA DO DRÁCULA - CAPÍTULO 26

A Noiva do Drácula

Capítulo 26

– Simone. – O homem fala ao telefone. – Deixe o uniforme da Luíza arrumado para ela ir para a escola amanhã. – ele faz uma pausa ouvindo a voz do outro lado da linha. – Ela já jantou? Não esqueça de mandá-la escovar os dentes antes de dormir. – outra pausa. – Passe apara ela, por favor.
A rua estava escura e deserta, ele estava sozinho dentro do carro, pois tinha enguiçado. Estava esperando aparecer alguém para ajudá-lo a levar o carro ao posto de gasolina mais próximo, que ficava a duzentos metros. Tinha acabado de voltar do trabalho e a primeira coisa que passou por sua cabeça foi ligar para a filha, que estava com a babá. Ainda não sabia por que, mas estava com uma imensa vontade de falar com ela.



– Luíza? Oi, minha filha, tudo bem? Papai sentiu saudades.
O homem continua a falar ao telefone quando pega um pano para limpar o embaçamento que tinha no carro, quando vê uma criatura não tão distante dali; parecia ser uma pessoa e estava estática. Ele continua falando com a filha, mas sai devagar do carro querendo saber quem era a pessoa parada a vinte metros no meio da estrada. Talvez pudesse ser uma pessoa voltando do trabalho, e seria de grande valia para ajudá-lo com o funcionamento do carro.
Sua filha o chama-o no telefone.
– Ah, Luíza. Papai está um pouco ocupado agora. Logo mais estarei em casa. Te amo. – ele desliga.
O homem joga o telefone no assento e fecha a porta do carro, andando na direção da pessoa parada na estrada. Era um pouco assustador, sim. Mas tinha que arranjar alguma ajuda.
– Olá. – ele fala com a voz um pouco mais alta para a pessoa parada ouvir. – Meu carro parou e não quer mais andar. Preciso chegar até o posto mais próximo, mas pra isso preciso de ajuda para ligar meu carro.
O homem para de andar, absorvendo aquela imagem um tanto bizarra. A pessoa ali parada era um homem e não parecia ser nada amigável. Lentamente, ele vira as costas e começa a andar em direção ao seu carro com passos um pouco mais curtos. Onde estava com a cabeça para pedir ajuda a um louco que aparecera de repente no meio da estrada? Aquele homem poderia ser um bandido.



Ele continua a andar, dessa vez mais rápido, porém, algo o detém; o homem estranho estava ao lado de seu carro. Mas, como? Ele olha para trás, onde o louco estava, mas não havia mais ninguém ali. A estrada estava deserta. Ele olha novamente para seu carro, que agora estava sendo jogado com fúria para o lado pelo homem louco. Ele arregala os olhos, não acreditando no que estava vendo. Aquilo só podia ser um sonho. Como, afinal, ele tinha se movido de um lugar para o outro com tanta velocidade? E de onde vinha toda aquela força?
Ele dá dois passos para trás, completamente mortificado, e sem ser capaz de desviar os olhos do homem louco. Aquele homem não era normal, ele não era humano. Ou tudo não passava de coisas de sua cabeça. Mas o que realmente tinha que fazer era fugir dali. E, reunindo mais um pouco de suas forças, o homem arruma coragem e tenta correr para o mais longe possível dali, mas fracassando miseravelmente ao ser alcançado pela criatura sinistra de roupas surradas.

* * *

– Você pode ir, Luana. Eu vou ficar com minha TV.
Luana acaba de sair do trabalho e para em frente à empresa, falando com sua madrinha ao celular.
– Madrinha, a senhora não pode só ficar vendo novelas o dia inteiro sentada no sofá. A senhora tem que viver a vida também.
– E desde quando se vive a vida indo para a casa de seu noivo? – Dolores resmunga.
Luana revira os olhos achando graça. Era mais que perceptível o desgosto que sua madrinha sentia por seu noivo, e ela não fazia a mínima questão de esconder isso. Apesar de tudo, queria arranjar uma maneira de eles se darem bem.
Ela suspira.
– Acho que não custa nada a senhora ir.
– Custa, sim. Minhas pernas doem.
Luana respira fundo, desistindo de convencer sua madrinha.
– Tudo bem. Irei daqui, então. Estarei um pouco mais cedo em casa.
– Tudo bem. – diz Dolores. – Tenha um bom jantar.
– Obrigada, madrinha. Se cuida. – Luana diz e logo encerra a ligação.
Alan havia ligado mais cedo avisando que iria buscá-la na saída do trabalho. Como ele descobrira seu número de telefone, não sabia. No fundo, estava dividida em duas; uma parte estava com medo de se encontrar novamente com David, enquanto a outra estava louca de vontade de vê-lo. Queria saber como ele estava, afinal, ele era seu melhor amigo. Também queria o bem dele, mesmo não sabendo como podia lidar com suas emoções explosivas. E por falar em emoções...
Luana olha para seu dedo protegido por um pequeno band-aid.
Ele a tinha mordido e bebido seu sangue. Aquele mundo de vampiros era real. David era um vampiro. Pensar nisso a assustava muito, pois aquele não era o David a quem conhecera. E, por mais que tentasse, ainda não conseguia se acostumar com toda aquela história de vampiros. Ainda era muito assustador e surreal, e queria muito que tudo não passasse de um sonho. Assim, teria sua vida normal de sempre – sem complicações, sem medos, e sua amizade com David voltaria ao normal. Entretanto, não teria Drácula. E isso não parecia ser nada bom.
Após um breve momento de espera, a Lamborghine vermelha de Alan aparece, fazendo surgir um pequeno sorriso em seus lábios. Ela vai até ele, que está saindo do carro.



– Bela Lua. – ele sorri indo ao seu encontro, e a beija. – Como foi seu dia de trabalho?
– Foi gratificante, obrigada. Senti sua falta.
Ele sorri.
– Confesso que também senti a sua, Bela Lua. – Alan pega a mão de Luana. – Pronta para ir?
– Sim, claro.
Após entrarem no carro, Alan dá a partida. Luana respira fundo, um pouco nervosa. Essa, com certeza, seria mais uma noite tensa.



* * *

Logo após entrar na mansão, Luana percebe que havia algo estranho: Shartene e Miranda foram recebê-los, porém, de muito alegres, elas estavam com expressões tensas em seus rostos; Ivan estava sentado em sua poltrona de cabeça baixa e segurando uma folha de jornal dobrada. O que estava acontecendo?
Ivan levanta sua cabeça e sua expressão se torna de horror ao vê-los adentrar a sala de estar.
– Você é louco, Alan? – ele se levanta. – Como pôde trazê-la do jeito que as coisas estão?
Luana não estava entendendo a que Ivan se referia. Ela olha para Alan no intuito de encontrar uma resposta, porém sua expressão não revelava nada, apenas dúvida.
– Do que está falando, irmão? – Alan pergunta claramente surpreso.
– Estou falando disso. – Ivan entrega o jornal para Alan.
Luana olha para o rosto de seu noivo ficar tenso. O que está acontecendo aqui?
Ele termina de ler e devolve o jornal para Ivan. Seu rosto agora não estava mais tenso como antes, parecia um pouco mais calmo.
– Não se preocupe, Ivan. Não deixarei nada de mal ocorrer com minha noiva. – dizendo isso ele sorri para ela.
– O que está acontecendo, Alan? – Luana pergunta, séria.
– Sente-se, Luana. – Ivan senta-se em sua poltrona e indica o sofá para Luana se sentar. Alan fica ao seu lado. – Alan acaba de perceber que foi uma péssima idéia ter trazido você para cá.
– Não diga isso, Ivan. – Alan diz para seu irmão. – Já disse que vou protegê-la de quem for. Até mesmo de David.
Luana arqueia as sobrancelhas com surpresa.
– David? O que tem ele?
Os irmãos se olham por um breve momento até Alan responder.
– Bem, Bela Lua... Parece que David matou um homem.

* * *

David acorda. O lugar que estava não era seu quarto. Ele olha em volta e vê que aquele lugar era o porão da casa. Mas, o que estava fazendo ali?
Ele põe a mão na testa. Sua cabeça rodava muito. Porém, algo fazia valer a pena: o gosto daquele sangue ainda estava fresco em sua boca. Ainda não sabia por que ficara tão selvagem na noite anterior, mas algo o incentivara a fazer aquilo, alguma força interior. Nunca pensou que pudesse fazer o que fez, mas sua sede de sangue era maior que tudo. E, infelizmente, queria fazer tudo de novo.
David consegue se erguer com certa dificuldade e caminha em direção a entrada da casa, notando que já era noite. Porém, algo o detém assim que põe a mão na maçaneta; Ivan parecia falar com alguém.
– Luana... – David sorri ao saber que era ela quem estava ali.
Podia sentir seu cheiro daquela distância, o que o fazia lembrar muito da noite anterior onde havia arrancado sangue do dedo dela sem nem mesmo perceber. O sangue daquele humano o havia saciado, mas o que queria mesmo era o sangue de Luana. Esse, com toda a certeza, teria um gosto inigualável.
A voz de Ivan ressurge.
– Os médicos analisaram o corpo do homem, Luana. Haviam mãos nele. Aquele homem não foi atacado por um animal selvagem. Alguém fez aquilo com ele.
David estreita os olhos. Ivan estava falando do homem da noite anterior. Sabia que de uma hora para outra eles acabariam descobrindo.
– E esse alguém... era humano? –  a voz de Luana surge após um tempo.
– Sim e não. – Ivan continua a dizer. – O carro estava completamente virado. Não diria que um humano teria essa força.
David contrai a mandíbula. Certamente não era mais humano, e nem mesmo cogitava mais a idéia de ser amigo de algum deles. Agora todos não passavam de alimentos. Nunca pensou que isso fosse acontecer a esse ponto, mas era algo que não podia controlar.
Ele aperta a maçaneta da porta dupla e adentra a sala de estar, notando a expressão de horror no rosto de Luana enquanto Alan a consolava. Todos eles viram a cabeça ao mesmo tempo em sua direção e ficam em choque ao vê-lo. Luana fica pálida ao vê-lo e David engole em seco odiando aquilo. Detestava vê-la com medo dele. Aquilo o deixava louco.
– Então, quer dizer que vocês já sabem o que eu fiz? – David pergunta arrogante, andando na direção deles.
Ivan se levanta de sua poltrona e encara David com uma expressão de desgosto no rosto, enquanto Alan está sentado ao lado de Luana, segurando a mão dela. David trinca os dentes. O desgraçado ainda insistia em tê-la como posse.
– David. Você fez mesmo isso? – Ivan pergunta.
David encosta-se na cristaleira e cruza os braços.
– Acho que vocês já devem saber. Eu ouvi a conversa.
Ivan olha brevemente para Alan, mas depois olha para o sobrinho.
– Apenas tente nos desmentir. Diga-nos que estamos enganados e que você não matou ninguém.
David dá um meio sorriso.

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– Não preciso fazer isso. Pois eu realmente o matei.
 Luana coloca as duas mãos sobre a boca, certamente mortificada. Alan a abraça, confortando-a. David contrai a mandíbula claramente irritado.
– Tem como tirar essas patas imundas dela? – ele rosna.
Alan o encara.
– Como pôde fazer isso, David? – Alan pergunta ao sobrinho enquanto Luana está com a cabeça apoiada em seu peito.
David bufa irritado.
– Ora, não me venham com esse fingimento. Vocês já cansaram de matar humanos para obter desejo próprio.
Luana encara Alan, surpresa. Certamente, ela não sabia do passado do querido noivo.
– Você bem sabe que isso era em Timisoara, não aqui. – diz Alan. – Sabe muito bem que fugimos de lá porque os humanos nos descobriram, e viemos para cá para tentarmos viver como pessoas normais. Nós, vampiros, fizemos um pacto de não matar mais humanos, David.
David arqueia as sobrancelhas.
– Não me encaixo em seu pacto, Alan. Não sou um vampiro, e vocês sabem disso. Também não estava no dia de seu maldito pacto com outros vampiros. Portanto, se eu quiser matar qualquer humano para saciar meu desejo, assim farei. – David desencosta do móvel e descruza os braços. – E Luana será a próxima.
Alan solta Luana, que está em choque, e se levanta andando na direção de David. Ele o encara friamente.



– Antes de tentar matá-la, terá que passar pelo meu cadáver.
David, depois de entender o que Alan disse, desata a rir.
– Você disse o que? – ele fala tentando controlar o riso. – Jamais mataria Luana. O que eu quero mesmo é arrancar muito sangue dela e fazê-la minha. Só minha. – David diz encarando-o.
– Sinto dizer que isso ficará em seus sonhos, jovem David. Luana já é minha.
David respira fundo tentando se acalmar. Alan queria provocá-lo, mas tinha que tentar ter o máximo de controle, pois Luana estava vendo tudo e não queria fazer o que tinha em mente na frente dela. Ela já havia se assustado o bastante.
Após um instante, ele diz:
– Por enquanto.
David começa a subir as escadas para seu quarto, porém se detém para olhar Luana. Ela estava cabisbaixa e parecia pálida. Doía ver que a cada momento que passava ela sentia mais medo dele. David engole em seco e respira fundo ao encará-la.



– Me perdoe, Luana.
Dizendo isso, ele sobe as escadas sem olhar para trás. Alan podia cantar vitória agora, mas seus dias como noivo de Luana estavam contados.

* * *

Luana sentia que iria desmaiar a qualquer momento. Aquela situação não era nada boa, e as coisas pareciam ainda mais tensas que no outro dia. Como David tivera coragem de matar um homem? Aquilo era muito assustador até para seus pensamentos e, definitivamente, aquele não era o David que conhecera. De modo algum. Depois de um momento tentando recompor sua mente, Luana se levanta do sofá. Alan e Ivan vão até ela, preocupados.
– Bela Lua, você está bem? – Alan pergunta, segurando-a.
– Não... – ela nega com a cabeça. – Me leve embora, Alan. Quero ir para minha casa. Por favor.
Ivan suspira assente com a cabeça.
– Não se preocupe, Luana. Alan levará você em casa. Sei que não era isso que você queria, mas como pode ver, imprevistos acontecem.
Alan olha para Ivan.
– Não, irmão. Isso foi pior que um mero imprevisto. – Alan acaricia seus cabelos. – Vamos, então?
Luana assente com a cabeça.
– Sim, vamos. Mas... – ela olha para os dois. – Queria saber de uma coisa.
– Diga. – Alan diz.
– Vocês foram expulsos da Romênia por que matavam pessoas?
Alan e Ivan trocam olhares cautelosos.
– Não exatamente. – Ivan responde primeiro. Havia algo que o estava deixando nervoso. – Mas acho que não será uma boa ideia falar isso com você, Luana. Não aqui, não agora.
Alan sorri gentilmente para ela.
– Ivan tem razão. Esse assunto é um pouco delicado. Mas garanto que você vai saber.
Luana tenta sorrir, porém sem êxito. O que acabara de acontecer havia mexido muito com ela, não havia muitos motivos para rir naquele momento.
– Obrigada por serem tão gentis comigo.
– Não precisa agradecer, Luana. – Ivan sorri para ela. – Bem, eu vou andar um pouco por aí. Com sua licença. – ele faz um gesto com a cabeça.



Luana olha para Ivan se retirando. Sua pergunta havia mexido com ele. Mas, por que? Que passado triste era esse que tanto mexia com aquela família?
Alan pega a chave do carro e oferece seu braço para ela segurar.
– Vamos, Bela Lua. 

* * * 

Após Alan estacionar o carro em frente a sua casa, Luana respira fundo aliviada por ter chegado ao lar. Não que a presença de Alan fosse ruim, claro que não. Amava a presença dele, o modo maravilhoso como ele a tratava. Apenas não se sentia bem como as coisas estavam acontecendo. David matando um homem... Luana fecha os olhos tentando tirar aquilo da cabeça. Só de imaginar aquilo a deixava tonta e vazia como se estivessem arrancando sua alma. Alan era tão atencioso que a viagem inteira para casa ele tentava arrancar informações dela sobre como tinha sido o dia no trabalho, o que fazia da vida antes. Mas, por mais que tentasse, não conseguia prestar atenção em suas perguntas e nos elogios que ele dava a ela para apoiá-la. No fundo, queria muito sorrir com ele, beijá-lo e retribuir todo o carinho que ele dava para ela. Entretanto, não era uma coisa que podia controlar no momento.
Luana olha para Alan. Como David podia dizer que ele só queria possuí-la para seu próprio benefício? 

Ele te ama? Deixe eu lhe contar um segredinho, Luana. Vampiros não têm sentimentos. Eles não amam ninguém. Não fique achando que há um conto de fadas nesse mundo sombrio, porque isso não existe. Eu amo você, e não vou desistir de te ter para mim por nada desse mundo. E um dos maiores motivos de nunca querer que você fique com esse maldito é que eu sei que ele só quer você para tirar sua virgindade e arrancar o sangue do seu lindo pescoço.


Luana franze o cenho. Alan não era assim. Pelo menos, não aparentava ser. Ele a tratava como uma princesa, era gentil. Talvez outros vampiros fossem assim, mas não Alan. Confiava nele. Mas agora não conseguia pensar em mais nada que não fosse a mudança drástica de David, e o que isso mudaria em sua vida.
Ela sai do carro antes mesmo que Alan dê a volta no carro para abrir sua porta.
– Boa noite, Alan. Posso ir daqui.
Ele a analisa por pouco tempo, depois pegando sua mão para depositar um beijo.



– Espero que tenha uma boa noite, Bela Lua. Sei que essa noite foi ruim para você, mas prometo que as coisas serão diferentes a partir de hoje. – ele sorri. – Prometo protegê-la.
– Obrigada, Alan. Mas... – ela abaixa a cabeça tentando saber como poderia tocar no assunto sem parecer constrangedor. Ela volta a olhá-lo. – Eu desejo muito saber o que aconteceu no passado de vocês. Não sei por que, mas sei que eu devo saber. 
Alan a encara sem saber o que dizer.
– Amanhã, Bela Lua. Vá para minha casa amanhã, e lhe contarei tudo. – ele diz olhando em seus olhos. – Sei que é um assunto delicado, mas é algo que você realmente tem que saber. E não se preocupe com David. Ele não vai lhe fazer mal algum.
Luana olha para Alan. Ele parecia ser bem sincero.
– Obrigada. – ela o beija rapidamente. – Obrigada, Alan. – ela sorri agradecida.
– Não precisa agradecer, Bela Lua. – ele sorri. – Durma bem.
Ela o acompanha indo até seu carro e logo também entra em sua casa, mas não estava tão triste quanto antes. Agora estava com um fio de esperança. Saberia do passado sombrio que cercava David e toda aquela família. Agora, sim, poderia saber o que tanto o afligia.


  

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